Entre março e dezembro do ano passado, o espaço cibernético em Moçambique registrou mais de 173 mil ocorrências criminais. A maior parte desses incidentes ocorreu a partir de outubro, período que coincidiu com o fim da campanha eleitoral, a realização das eleições gerais e o início de distúrbios sociais que resultaram em mortes e destruição de infraestruturas.
Os dados foram divulgados pelo ministro das Comunicações e Transformação Digital, Américo Muchanga, durante uma palestra ministrada na Academia Militar Samora Machel, em Nampula.
Segundo Muchanga, o país conta com um centro de análise de segurança digital, onde foi identificado que as ameaças mais comuns incluem fraudes com meios de pagamento eletrônico, roubo de dados, ataques a sites e a interrupção de serviços informáticos, comprometendo o acesso legítimo a plataformas digitais.
Ele também destacou a crescente preocupação das autoridades com o uso das redes sociais para disseminação de notícias falsas (fake news), que podem afetar a liberdade de expressão e abalar a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas. Diante desse cenário, o ministro defendeu a necessidade de as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) integrarem tecnologias de comunicação e informação em suas operações, visando aumentar sua eficiência na proteção do Estado.
