De acordo com o governador provincial, Valige Tauabo, citado pelo jornal independente O País, os insurgentes chegaram a instalar pontos de controlo na via, onde extorquem dinheiro de condutores que por ali passam.
Após cerca de três meses sem registo de ataques significativos, os terroristas intensificaram novamente a sua presença naquela zona estratégica. Embora ainda não tenha sido retomado o sistema de escoltas militares, o governador reconhece a existência de “focos isolados” de atividade extremista. Na sua visão, trata-se de movimentos irregulares, motivados por perseguições em curso.
Mesmo assim, os grupos conseguem erguer barricadas para exigir dinheiro e roubar bens da população local. “Isto é terrorismo puro”, afirmou Tauabo. Segundo ele, a circulação de viaturas continua possível, mas os insurgentes, ao passarem por períodos de fome, interceptam veículos para obter recursos à força.
O dirigente provincial admitiu ainda que os grupos têm circulado por aldeias próximas, promovendo o medo entre os moradores. “Não podemos afirmar que os ataques cessaram entre Macomia e Mocímboa da Praia”, declarou. “O trabalho de estabilização continua, o que mostra que ainda existem terroristas ativos em determinadas zonas”.
Tauabo indicou, no entanto, que a não retoma das escoltas militares naquela estrada é sinal de um ambiente relativamente mais calmo. “Só quando a situação estiver totalmente controlada é que poderemos declarar a província como estável”, concluiu.
