O Governo da Guiné-Bissau confirmou a entrega de quatro cidadãos estrangeiros às autoridades dos Estados Unidos, onde deverão responder judicialmente por acusações de tráfico de drogas.
A medida faz parte dos esforços contínuos das autoridades guineenses no combate ao crime organizado e ao narcotráfico. Os indivíduos — dois mexicanos, um colombiano e um equatoriano — foram detidos em setembro do ano passado, após a apreensão de aproximadamente 2,6 toneladas de entorpecentes a bordo de uma aeronave em Bissau.
Apesar de terem sido condenados a 17 anos de prisão em janeiro, a transferência para solo norte-americano ocorreu após um pedido formal da DEA (Drug Enforcement Administration), a agência antidrogas dos EUA.
Em comunicado, o executivo guineense reiterou o seu compromisso no enfrentamento ao crime transnacional. Entretanto, a defesa dos acusados questiona a legalidade do processo, apontando a ausência de um acordo formal de extradição entre os dois países.
Fontes governamentais justificam a decisão com base em preocupações de segurança, alegando que o sistema prisional nacional não oferece garantias suficientes para a detenção segura dos réus. A DEA já vinha mantendo encontros com as autoridades locais desde o início do ano para discutir os trâmites da transferência.
A situação envolve ainda um quinto detido, um brasileiro, que faleceu sob custódia. O corpo permanece em Bissau, aguardando autorização oficial para repatriação ao Brasil.
