O governo de Moçambique, por meio do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, está em negociação com instituições bancárias para solucionar dificuldades na emissão de garantias financeiras para empresas distribuidoras de combustíveis líquidos.
Nos últimos dias, o setor tem enfrentado desafios na comercialização de produtos petrolíferos, resultando na escassez temporária em alguns postos de abastecimento. Em resposta, o ministro Estêvão Pale afirmou que o governo também está em diálogo com o Banco Central, que garante haver disponibilidade de divisas para a importação de combustíveis.
Recentemente, várias províncias, como Manica, Tete, Sofala e Cabo Delgado, registraram longas filas em postos de abastecimento devido à falta temporária de combustível. No entanto, a Importadora Moçambicana de Combustíveis (IMOPETRO) assegurou que há estoque suficiente para mais de 20 dias e que não há dificuldades na importação ou reposição dos produtos petrolíferos.
A crise se intensificou após o Banco de Moçambique reduzir gradualmente sua participação no pagamento de importações de combustíveis em 2023. Inicialmente, a cobertura foi reduzida de 100% para 60%, e, em junho do mesmo ano, a retirada foi completa, transferindo a responsabilidade para os bancos comerciais e empresas do setor. Desde então, empresários relatam dificuldades no acesso às divisas necessárias para o pagamento das faturas, afetando o fornecimento regular de combustíveis no país.
