Manifestações pós-eleitorais causam prejuízos milionários à empresa CFM



 



A empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) estima perdas financeiras na ordem dos 16,74 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 1,07 mil milhões de meticais, resultado direto das manifestações que eclodiram após as eleições, em outubro do ano passado.


Segundo a administração da empresa, a maior parte do prejuízo — aproximadamente 14,88 milhões de dólares — refere-se à interrupção no transporte e manuseamento de carga, devido a bloqueios nas vias férreas e ações de vandalismo.


Além disso, cerca de 1,86 milhão de dólares em danos correspondem à destruição parcial de infraestrutura e equipamentos. Os protestos resultaram na vandalização de quatro locomotivas, 14 carruagens, três estações ferroviárias e 1,3 quilómetros de linha. Também se deixou de transportar 1,3 milhão de toneladas líquidas e 545 mil toneladas métricas deixaram de ser movimentadas nos portos. Mais de 563 mil passageiros foram afetados pela paralisação dos serviços.


Durante a XXVIII Reunião de Diretores, o Presidente do Conselho de Administração dos CFM, Agostinho Langa, destacou ainda que o funcionamento limitado da rede ferroviária do Zimbabwe agravou a situação, impedindo o escoamento de mais 1,3 milhão de toneladas previstas nos planos da empresa.


Langa lamentou que o lançamento de pedras contra comboios e os bloqueios ferroviários tenham se tornado práticas recorrentes em algumas áreas, sobretudo na região sul, incluindo localidades como Tenga, Pessene, Moamba e Movene (na linha de Ressano Garcia), além de Sikuama, Beluluane e Luís Cabral (na linha de Goba), e bairros periféricos de Maputo como Malanga, Infulene, Machava, Mavalane e Ferroviário.


Apesar das dificuldades, a empresa afirma já dispor de um plano de recuperação e de um orçamento destinado à reposição dos serviços afetados.

Enviar um comentário

0 Comentários
Our website uses cookies to enhance your experience. Learn More
Ok, Go it!