O escritor moçambicano Mia Couto foi distinguido com o Prémio Literário PEN América 2025, tornando-se o primeiro autor de língua portuguesa a conquistar esta importante distinção internacional, que celebra contribuições notáveis para a literatura mundial.
Em nota oficial, a organização PEN América justificou a escolha afirmando que a obra de Mia Couto mergulha profundamente na complexa história de Moçambique, ao mesmo tempo que explora questões fundamentais sobre identidade e existência humana.
O júri destacou ainda a sua posição única tanto na literatura africana quanto no panorama literário global, sublinhando o impacto significativo do seu legado literário.
A edição de 2025 da premiação também reconhecerá outras figuras importantes: a dramaturga libanesa-americana Mona Mansour, vencedora do Prémio PEN/Laura Pels de Teatro, e Charles H. Rowell, criador da revista Callaloo, que promove autores e artistas visuais da diáspora africana.
Clarisse Rosaz Shariyf, codiretora interina da PEN América e responsável pela programação literária, salientou: “Livros extraordinários têm o poder de transformar vidas, oferecendo novas perspetivas e promovendo empatia.
Num momento em que obras literárias enfrentam restrições severas, é vital celebrarmos a liberdade de expressão e o poder que a literatura tem de nos tocar profundamente.”
A cerimónia de entrega dos prémios está agendada para o dia 8 de maio, em Nova Iorque, num dos teatros mais icónicos de Manhattan.
O Prémio PEN/Nabokov de Literatura Internacional, no valor de 50 mil dólares, é concedido anualmente, em parceria com a Fundação Literária Vladimir Nabokov, a um autor vivo cujo conjunto da obra, escrita ou traduzida para o inglês, represente excelência nas áreas da ficção, não-ficção, poesia ou teatro.
