A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique comentou publicamente a sentença aplicada ao antigo ministro das Finanças, Manuel Chang, nos Estados Unidos, considerando-a inferior às penalizações que seriam previstas pela legislação moçambicana.
De acordo com um comunicado oficial, os crimes atribuídos a Chang — relacionados com o escândalo das dívidas ocultas — poderiam render penas entre oito e doze anos de prisão, segundo as leis nacionais. A instituição expressou essa posição ao analisar os desdobramentos do processo judicial, que continua a causar forte repercussão no país.
Chang foi sentenciado no dia 17 de janeiro deste ano por um tribunal em Brooklyn, Nova Iorque, tendo recebido uma pena total de oito anos e meio, dos quais cerca de seis anos já foram cumpridos desde a sua detenção em 2018, na África do Sul, enquanto transitava pelo Aeroporto Internacional de Joanesburgo.
Durante esse período, o ex-ministro aguardou a decisão judicial sobre sua extradição e julgamento nos EUA. O tribunal determinou que ele ainda deverá cumprir aproximadamente dois anos e meio antes de poder ser libertado e possivelmente deportado para Moçambique.
