Na madrugada de terça-feira, seis indivíduos armados com uma AK-47 e cinco catanas provocaram pânico na Estrada Nacional Número 1 (EN1), no distrito de Marínguè, província de Sofala. O grupo incendiou sete veículos e assaltou mais de 20 passageiros de uma viatura de transporte semi-coletivo.
Em resposta ao incidente, a Associação dos Transportadores de Passageiros e Carga de Sofala optou por suspender as operações no troço entre Inchope e o norte do país, alegando falta de segurança.
“O que pedimos foi que suspendessem as viagens até que a situação estivesse sob controlo”, afirmou um representante dos transportadores locais.
Entretanto, o comandante provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala, Ernesto Madungue, garantiu que não há motivos para alarme e que o trajeto entre Inchope e Caia é seguro para circulação. Com base nessa garantia, os transportadores decidiram retomar as suas atividades.
“Vamos voltar a operar normalmente, conforme a indicação do comandante”, disse um dos transportadores.
Durante a sua primeira declaração sobre o ataque, o comandante Madungue revelou que os suspeitos são homens com mais de 55 anos.
Questionado, nesta quinta-feira, sobre a possibilidade de os agressores serem ex-guerrilheiros da Renamo, o comandante preferiu não especular. “É cedo para tirar conclusões. As investigações continuam e devemos aguardar os resultados antes de identificar qualquer grupo com precisão”, sublinhou.
As declarações foram dadas durante uma cerimônia de entrega de coletes refletores e cones à Polícia de Trânsito, uma iniciativa anual com o objetivo de reduzir acidentes rodoviários.
