Surto de cólera em Angola continua a agravar-se e já causou 558 mortes em 2025

 




Angola enfrenta uma situação preocupante com a escalada do surto de cólera, que desde o início do ano já provocou 558 mortes e mais de 16.700 casos confirmados. Apenas nas últimas 24 horas, foram registados 337 novos casos e sete óbitos, segundo dados divulgados pelas autoridades de saúde.


A província de Benguela permanece como o foco principal da epidemia, liderando com 132 casos recentes. O surto, no entanto, já se espalhou por 17 das 21 províncias do país. Após Benguela, os números mais altos foram reportados no Cuanza Sul (70 casos), Luanda (50), Malanje (41) e Cuanza Norte (19). Outras regiões como Huíla, Bengo, Namibe, Icolo e Bengo e Huambo também reportaram novos casos, ainda que em menor escala.


Atualmente, 638 pessoas encontram-se hospitalizadas, recebendo tratamento médico para a doença, que é causada pela bactéria Vibrio cholerae e transmitida principalmente por meio de água e alimentos contaminados. A propagação tem sido agravada pelas chuvas fortes e inundações, que comprometem o saneamento básico e facilitam a contaminação de fontes de água potável, especialmente em áreas densamente povoadas.


A cólera manifesta-se através de diarreia intensa e vómitos, podendo levar à desidratação severa e à morte, caso não seja tratada com rapidez e eficácia. Diante da gravidade da situação, o governo angolano tem reforçado medidas de resposta, incluindo campanhas de conscientização pública, melhoria do saneamento básico e distribuição de água segura nas comunidades mais atingidas.


As autoridades apelam à população para reforçar os cuidados de higiene e procurarem assistência médica imediata ao surgirem os primeiros sintomas da doença.

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