Neste sábado, 29 de março, o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, demonstrou preocupação com a disseminação de informações falsas sobre a cólera, doença que já causou 36 mortes e infectou mais de duas mil pessoas nas províncias de Nampula e Zambézia. Chapo destacou que a cólera resulta de más condições de higiene e afirmou que não há risco de contaminação em hospitais ou escolas.
A desinformação tem gerado vandalismo, incluindo a destruição de propriedades e perseguições a líderes comunitários e autoridades locais, o que exigiu a intervenção das forças de segurança. Em resposta, Daniel Chapo reforçou que a população deve adotar práticas básicas de higiene, como a lavagem frequente das mãos e a limpeza dos arredores das casas.
“Não podemos aceitar a mentira de que há alguém trazendo cólera para o país. Vamos lavar as mãos e cuidar dos nossos bairros, mantendo os quintais limpos e evitando o crescimento descontrolado do mato”, declarou o presidente.
O diretor de Educação de Nampula, William Tuzine, relatou que aproximadamente 70 escolas foram vandalizadas devido à desinformação sobre o surto de cólera, prejudicando mais de mil alunos. Segundo Tuzine, há rumores de que funcionários das escolas estariam espalhando a doença, o que levou a ataques contra instituições de ensino, como a destruição de livros escolares e equipamentos.
Durante um comício em Mogovolas, Daniel Chapo pediu o fim da violência que ameaça o desenvolvimento do país. “Estamos destruindo o que é do povo: escolas, estradas, sistemas de água e energia. Não podemos permitir que isso nos faça retroceder. Precisamos de união para avançar”, enfatizou.
O presidente continua em Nampula com a missão de promover uma gestão mais próxima e acessível à população local.
