O Governo declarou que a atual escassez de combustível registada em diversos postos de abastecimento no país não é de sua responsabilidade, apontando as distribuidoras e os bancos como os principais intervenientes no problema. Apesar disso, o Executivo assegura que existem reservas suficientes para suprir as necessidades do mercado.
A carência de combustíveis tem sido notória há já várias semanas em diferentes pontos do território nacional.
Esta sexta-feira, ao abordar a situação, o Governo explicou que o problema decorre essencialmente de dificuldades logísticas entre as distribuidoras e os bancos, o que tem dificultado o transporte do combustível dos armazéns para os postos de venda.
Segundo Inocêncio Impissa, “a aparente falta de combustível não se deve à ausência do produto no país. O combustível encontra-se nos armazéns costeiros e as operações de descarga das importações decorrem normalmente.
No entanto, um dos entraves para a disponibilização do produto é a necessidade de garantias bancárias por parte das distribuidoras. Sem essas garantias, o acesso ao combustível torna-se complicado”.
O Executivo acrescenta que, tratando-se de uma atividade do setor privado, há limitações quanto à sua intervenção direta na resolução do impasse. Ainda assim, garante que há reservas nacionais suficientes para evitar uma rutura de stock, tanto em áreas urbanas quanto em outras regiões do país.
Em relação à possível escassez de dólares – moeda utilizada para adquirir combustível no mercado internacional – Impissa afirmou que a questão ainda está a ser analisada.
Sobre os recentes episódios de violência em Sofala, onde veículos foram queimados e saqueados, o Governo informou que seis indivíduos foram identificados, mas continuam em paradeiro desconhecido.
Quanto à isenção do IVA em certos produtos como forma de mitigar o custo de vida, foi confirmado que a proposta já foi encaminhada ao parlamento para apreciação.
