FRELIMO favorece aliados?
O Centro de Integridade Pública (CIP) revelou denúncias de corrupção e alegações de favorecimento de empresas associadas à FRELIMO na distribuição de créditos do Fundo de Recuperação Empresarial. Esse fundo foi criado para apoiar negócios afetados por protestos e desastres naturais, como os ciclones.
O Fundo Catalítico, destinado ao financiamento de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) para estimular a recuperação econômica e a criação de empregos, tem sido alvo de críticas. Recentemente, durante o lançamento de uma nova linha de crédito voltada a empresários impactados por ciclones e atos de vandalismo pós-eleitorais, o Presidente Daniel Chapo entregou cheques a representantes de 26 subprojetos contemplados. Os recursos são financiados pelo Banco Mundial.
Contudo, a concessão desses créditos tem sido questionada devido à falta de transparência, com acusações de que empresas ligadas à FRELIMO estariam sendo privilegiadas. Além disso, há relatos de cobrança de subornos para que empresários consigam acesso ao financiamento, conforme afirmou Edson Cortez, diretor do CIP, em entrevista.
CIP questiona transparência
Segundo Cortez, empresários relataram que, para obter financiamento, precisavam pagar quantias a intermediários responsáveis pela aprovação dos recursos. A entidade iniciou investigações para determinar se se trata de um caso isolado ou de um esquema generalizado. O caso levanta preocupações sobre a transparência e a legitimidade do processo de concessão dos créditos.
