Hospital Central de Maputo inicia construção de unidade neonatal para reduzir mortalidade materno-infantil

 




O Hospital Central de Maputo iniciou esta segunda-feira a construção de uma moderna unidade neonatal, que contará com mais de 100 camas, berçários, laboratórios e salas de parto, num investimento estimado em 20 milhões de dólares.


O projecto é financiado pela Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) e teve a cerimónia de lançamento da primeira pedra presidida pelo ministro da Saúde, Hussene Isse. O governante destacou a importância de criar condições adequadas para garantir um atendimento de qualidade e reduzir as mortes de recém-nascidos, que actualmente chegam a 28 por cada mil nascimentos no país.


A nova unidade neonatal foi concebida para responder à elevada taxa de mortalidade infantil, provocada, em parte, pela falta de equipamentos e cuidados especializados. O ministro sublinhou que a infra-estrutura contará com tecnologia de ponta, o que representa um grande avanço para o sector da saúde em Moçambique.


Com a construção, a capacidade do Hospital Central de Maputo será ampliada, oferecendo 105 camas distribuídas em duas enfermarias destinadas a cuidados intensivos e intermediários, conforme explicou o director da unidade hospitalar, Mouzinho Saíde.


Durante o evento, o representante da JICA, Otsuka Kazuki, frisou que o projecto visa criar um ambiente hospitalar adequado para o diagnóstico e tratamento oportuno de grávidas e recém-nascidos, superando o actual défice de infra-estruturas.


A unidade incluirá ainda salas de cirurgia, cuidados intensivos neonatais, e diversos laboratórios, num investimento que corresponde a cerca de 1,25 mil milhões de meticais, segundo a taxa de câmbio do dia.


O embaixador do Japão em Moçambique, Iwasaki Taira, destacou que a saúde pública é fundamental para o desenvolvimento sustentável de qualquer país e reforçou a esperança de que a nova unidade ajude a salvar muitas vidas e melhore a segurança das famílias moçambicanas.


A responsabilidade pela construção será da empresa japonesa Dai Nippon Construction (DNC), enquanto o consórcio formado pela Yachio Engineering, Azusa Sekkei e Binko Internacional supervisionará a obra, cujo término está previsto para Janeiro de 2027.


Ainda no sector da saúde, uma empresa sul-coreana apresentou, esta segunda-feira, na Cidade de Maputo, um novo equipamento capaz de diagnosticar HIV e tuberculose, bem como a resistência dos pacientes a determinados medicamentos. Segundo o Instituto Nacional de Saúde, o aparelho ainda está em fase de verificação antes de se decidir sobre a sua adopção em Moçambique.


A inovação surge num momento em que o diagnóstico precoce da infecção por HIV é apontado como essencial para a eliminação do vírus como problema de saúde pública no país.

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