União Europeia reforça laços de cooperação com Moçambique

 




Maputo, 10 de Abril – A União Europeia (UE) manifestou interesse em aprofundar a cooperação com Moçambique, destacando as reformas esperadas no âmbito do “diálogo político nacional inclusivo”, assinado a 5 de Março pelo Presidente Daniel Chapo e representantes de nove partidos políticos.


A intenção foi expressa nesta quarta-feira, após um encontro de trabalho entre o Chefe de Estado moçambicano e uma delegação da UE liderada pelo embaixador Antonino Maggiore.


Segundo Maggiore, os encontros promovidos por Chapo com partidos da oposição, representantes da sociedade civil e o antigo candidato presidencial Venâncio Mondlane abriram caminho para um verdadeiro diálogo político inclusivo, representando um marco significativo na trajetória democrática do país.


O diplomata destacou que a estabilidade é essencial para o desenvolvimento, e nesse sentido, a UE manterá o apoio ao governo moçambicano na luta contra o extremismo islâmico em Cabo Delgado, no norte do país.


“A modernização da economia moçambicana também é uma prioridade. Saudamos a postura aberta do Presidente e o reconhecimento claro dos desafios enfrentados”, afirmou Maggiore. Ele acrescentou que, no contexto das reformas em curso, o executivo moçambicano pode contar com o comprometimento da UE e dos seus Estados-membros.


Maggiore reforçou que a UE está a trabalhar em conjunto com o governo e as instituições moçambicanas para oferecer um apoio abrangente e concreto à implementação do compromisso político com o diálogo inclusivo. “Queremos que esse apoio se estenda não apenas ao governo, mas também à sociedade civil e aos líderes da oposição”, disse.


Entre os temas considerados cruciais no processo de reforma estão a economia, a legislação eleitoral, o sistema fiscal e a digitalização, considerados pela UE como essenciais para combater a violência e promover os direitos humanos.


O embaixador destacou ainda que a parceria entre a União Europeia e Moçambique é abrangente e única, cobrindo áreas prioritárias como o desenvolvimento, a assistência humanitária e a segurança, num modelo de cooperação integrada.

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