Maputo, 25 de Abril – No decorrer de 2024, Moçambique registou mais de 11,5 milhões de casos de malária, com cerca de 67 mil internamentos e 358 mortes ocorridas em unidades hospitalares. Os dados, embora ainda alarmantes, indicam uma tendência de redução quando comparados com o ano anterior: menos 12% de casos, uma diminuição de 4% nas hospitalizações e uma queda de 1% no número de óbitos.
A informação foi divulgada pelo Presidente da República, Daniel Chapo, numa mensagem à Nação por ocasião do Dia Mundial de Combate à Malária, assinalado esta quinta-feira sob o lema “Malária fora! Tempo de investir, inovar e renovar os compromissos”.
Na sua comunicação, o Chefe de Estado destacou que o lema escolhido reforça a urgência de aumentar os investimentos em medidas eficazes de combate à malária, estimular a inovação para enfrentar desafios persistentes e assegurar o envolvimento da população na aplicação de soluções adequadas ao contexto moçambicano.
Chapo alertou que a malária continua entre as principais causas de morte e doença no país, com um impacto mais acentuado nas crianças com menos de cinco anos de idade. É também a principal razão da procura por atendimento nas unidades de saúde, afetando negativamente a produtividade nos setores educativo e laboral, além de representar um elevado custo para o sistema de saúde.
Apesar dos avanços alcançados, o Presidente sublinhou a necessidade de intensificar os esforços no combate à doença, reforçando o compromisso com a eliminação da malária em território nacional. Ele reafirmou que o Governo continuará a dar prioridade à prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado, bem como ao fortalecimento das campanhas de sensibilização e dos sistemas de monitoria e avaliação, conforme estabelecido no Plano de Governação.
Chapo apelou à colaboração de toda a sociedade, destacando que a vitória sobre a malária exige o empenho de todos. Incentivou os cidadãos a adotarem medidas preventivas como o uso de redes mosquiteiras, a eliminação de criadouros de mosquitos, a adesão à pulverização intradomiciliária e o cumprimento rigoroso dos tratamentos prescritos.
Finalizando, o Presidente manifestou otimismo quanto à capacidade do país de superar a doença, acreditando que, com base em intervenções cientificamente fundamentadas e com o reforço das parcerias nacionais e internacionais, será possível alcançar a meta de um Moçambique livre da malária.
