ONU denuncia agravamento crítico da crise humanitária em Gaza

 




As Nações Unidas emitiram um forte alerta sobre a deterioração extrema da situação humanitária na Faixa de Gaza, classificando-a como a pior desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023.


Durante uma conferência de imprensa realizada nesta segunda-feira, o porta-voz do Secretário-Geral da ONU, Stephane Dujarric, destacou que Gaza enfrenta o momento mais crítico dos últimos 18 meses. Ele sublinhou que há mais de seis semanas nenhum carregamento humanitário conseguiu entrar no território, representando a mais longa interrupção de ajuda desde o início da guerra.


“A assistência humanitária deve ser garantida, independentemente de interesses políticos. Existem resoluções do Conselho de Segurança que deixam claro que esse tipo de ajuda precisa ser acessível a todos os que dela necessitam”, afirmou Dujarric.


O representante também responsabilizou diretamente Israel, lembrando que, como potência ocupante, tem obrigações legais de prover assistência básica e ajuda humanitária à população de Gaza — o que, segundo ele, não está a ser cumprido. “Vamos continuar a denunciar situações que, na nossa ótica, violam o direito internacional”, disse.


Ainda segundo dados das Nações Unidas, os ataques israelitas aumentaram de intensidade nos últimos dias, provocando um número crescente de mortes entre civis e agravando a destruição de infraestruturas já debilitadas. Atualmente, mais de 70% da Faixa de Gaza foi classificada como zona de evacuação ou área de risco, de acordo com novas ordens militares emitidas por Israel.


Nem mesmo os edifícios da ONU escaparam da violência. Armazéns e centros de distribuição de alimentos localizados na Cidade de Gaza teriam sido atingidos durante os bombardeamentos, agravando ainda mais a crise de abastecimento e assistência à população local.

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